O espectáculo foi concebido para ser apresentado em espaços informais 
- a exemplo da sua primeira representação em 1517, na câmara da Rainha D. Maria de Castela.

 

Assim, o Auto pode ir às escolas e ser apresentado em salas de aula, espaços de convívio, átrios, bibliotecas, entre outras, apesar de também poder ser exibido num convencional espaço de teatro. 

 

Optámos pela versão integral da obra curricular, por pensarmos que a tentativa de aligeiramento de algumas adaptações - no esforço de tornar a obra mais acessível - retira muito do contexto e da sonoridade, tão importantes para os alunos entrarem de uma forma lúcida no mundo vicentino.

 

Por termos em conta que o público para quem representamos é maioritariamente jovem, quisemos não só apresentar 
Gil Vicente maravilhoso e divertido, mas também criar nesse público jovem desejo de ver outros teatros, ou até quem sabe, abrir a apetência para fazer teatro.

 

Optámos assim, pela simplicidade de processos, tanto na cenografia como nos figurinos, colocando toda a carga da encenação na magia do trabalho do actor, que trocando simplesmente um adereço ou peça de guarda-roupa se metamorfoseia numa outra personagem.

 

Disponibilizamos tempo para - no fim do espectáculo, havendo esse desejo por parte do público - se criar um espaço de diálogo onde actores e público troquem ideias sobre a representação.